segunda-feira, 9 de maio de 2011

Sobre o Canoa, Fora do Eixo, gestão de carreiras e afins




Por Manoel Vilas Boas, gestor cultural, professor e presidente do Coletivo Canoa Cultual


Email: manoelmrjungle@gmail.com e coletivocanoacultural@gmail.com  


Manoel Vilas Boas
Em pleno século 21 as pessoas ainda têm a idéia errônea que artista é tudo vagabundo. Por que será? Culpa dos artistas? Creio que em parte sim. Mas em épocas de internet, indústria musical quebrada e redes sociais presentes em nosso dia a dia, os artistas estão virando o jogo. Se historicamente eles apenas precisavam criar sua arte, dependendo de outras pessoas para gerirem suas carreiras, hoje para o artista conhecer todos os processos de produção, é conhecer seu público, saber o que ele quer, interagir por meio das redes sociais, para dar um tratamento quase que pessoal a esse público. Ter Twitter, Facebook, Flickr, MSN, Blog, é obrigação. 


Com raras exceções no passado, onde o trabalho em grupo não era comum, o trabalho coletivo entre artistas, gestores, produtores e outros profissionais envolvidos na cadeia produtiva da Cultura vem se mostrando uma solução para a esta indústria. Você conhece o Circuito Fora do Eixo? Sabe o que são os Coletivos de Cultura? Numa explicação rápida, o Circuito é uma rede de Coletivos formados por diversos profissionais que trocam serviços, gerem e produzem eventos, artistas e produtos diversos, valorizando o ser humano, ao invés do produto, do lucro. 


O Canoa Cultural, do qual faço parte, é o representante do Circuito Fora do Eixo em Roraima e vem, desde 2007, promovendo programas culturais e sociais, levando apresentações artísticas, oficinas gratuitas, debates com diversos temas, entre outros serviços, no intuito do fomento da Cultura e na formação de público em todo Estado. Por que usar o exemplo do Canoa? Porque trabalhamos em todas as áreas da Cultura, com diferentes parceiros e sem eles (SEBRAE, SESC, FETEC, Arteatro, Locômbia, etc) não poderíamos realizar nossos projetos, e tenho certeza, sem o Canoa, eles teriam mais dificuldades para realizar os seus.


O momento é de ocupação de espaços. Esse espaço na Folha de Boa Vista é um reconhecimento. A Folha tem história em divulgar a Cultura roraimense. Vamos então, fazer nossa parte nesse árduo trabalho. Digo e repito: que o povo em si não tem culpa de mal dizer quem trabalha com Cultura, mas estamos trabalhando para mudar essa visão e para podermos ter crédito, sermos respeitados e fazermos as pessoas terem orgulho de ser roraimense, nascido aqui ou não. Estamos trabalhando e estamos conseguindo. 


Uma parte deste texto saiu na primeira página do Canoa Pop na Folha de Boa Vista, aqui você leu o texto completo!

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