quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O cego que não enxerga

Por Paulo Felipe Gonçalo Medeiros, estudante de Jornalismo/UFRR

Há tempos o Coletivo Canoa Cultural, juntamente com o SEBRAE e SESC e outros parceiros se esforça ao máximo para disseminar a cultura no Estado de Roraima. É muito triste ver que muitos eventos, sejam organizados pelo Coletivo ou outros grupos Culturais, acabam não sendo prestigiados pela própria população. Então, como podemos justificar esse tipo de coisa? Seria falta de bom senso? De comunicação? Qual seria o problema nesse tipom de situação?

Pois bem, o problema, e a solução, está em cada um de nós que nos preocupamos apenas em viver reclamando de nossa cidade, do Estado, que não temos cultura nem eventos culturais programados para quem curte uma noite alternativa, ou para o fim de semana. Será que realmente não temos esta opção, ou não cedemos um pouco de nós para nossa "tribo"? Nossos artistas locais são tão bons quantos os grandes nomes nacionais, contudo, como podemos querer uma Secretaria de Cultura própria, se ainda nem aprendemos a valorizar nossa própria produção?

Precisamos agir em comunidade e abrir nosso alhos (enxergar mesmo!) nossa cidade, nossa cultura e produção artística. Sabemos como é complicado produzir alguma coisa aqui em Roraima com tantas dificuldades, e não podermos contar com um bom retorno da nossa população, com seu prestígio, apoio ou agradecimento. Contudo, não faltam críticas. Mas, mesmo para fazermos uma crítica, faz-se necessário conhecer do que se está falando, abrir os olhos, os ouvidos e a mente.

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