quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Dois sábados de setembro (Parte III) - Durante o II Gran Sabana Rock


A noite na Venezuela trouxe uma surpresa ao público do II Gran Sabana Rock. Esta vinha da Argentina e atendia pelo nome de Vola2. A banda Hippie Hermanita foi integrada ao line up do evento de última hora, mas isso não afetou a apresentação do grupo. Com canções próprias, versões e releituras, tanto em inglês quanto em espanhol, o quarteto deu um belo início ao evento, que depois passou a receber os grupos previamente escalados.


Banda argentina Vola2, a atração surpresa do II Gran Sabana Rock
O pop rock alternativo dos argentinos foi substituído pelo reggae da Ganyaclan no segundo show da noite. A banda, da qual Israel Perera, da Ac3rtijo, também faz parte, levou o público aos pulinhos reggaeiros e ao desejo de muitas energias positivas. A banda ainda fez uma homenagem ao Reggae do Brasil mandando uma versão Portunhoica de 'Vamos Fugir'.


Reggae venezuelano com a banda Ganyaclan
Depois do Reggae foi a vez da espera das bandas brasileiras chegar ao fim. A Johnny Manero subia ao palco do Parque Ferial para representar o RRRock no evento. A missão foi cumprida com muita animação e roquenrou. Com uma mescla de músicas antigas da Johnny, como FDM e a inseparável Johnny Manero, e versões cada vez mais maduras das nem tão velhas 11h59 e Louca de Pedra a Johnny mostrou suas músicas ao público com mesclas de sucessos do rock nacional, como 'Até Quando Esperar' da Plebe Rude.


A banda mais Manera de Boa Vista fez um showzasso na Venezuela
Cada vez mais afinados no palco os Maneros agitaram os venecas por meio de uma apresentação segura comandada por Yuri Lopes e agora reforçada pela segunda liderança no palco, a de Toyama Guevara, como guitarrista solo e, sempre que possível, também assumindo os vocais em momentos oportunos no show.

O sucesso Brazuca no evento que começou com a Johnny Manero teria um segundo ato aind mais animado. Depois da mulecada foi a vez dos Dinos subirem no palco e levarem os venezuelanos a loucura. Mostrando o entrosamento que já vem sendo cultivado desde 2005, Sandro Nine e seus Nicotines deram uma lição de como é ser Rock Star em solo venezuelano.


Nicotines levou o público a loucura no II Gran Sabana Rock
 A Nico esbanjou energia do início ao fim do show. Sandro Nine, que segundo sua namorada Rejane, lembrava Bono Vox ao interagir com o público, era o capitão da barca pirata muito bem representada pelo estilo de Lauro, a piração de Márcio e a regularidade de Frank. Antes do final do show Sandro levou os venecas ao delírio final ao se abraçar com a bandeira da venezuela e gritar que naquela noite Santa Elena era a Cidade do Rock.


Sandro 'Bono Vox' Nine encantou os venezuelanos com seu carisma
Pra quem gosta de sequências foi uma homenagem e tanto aquilo que Manoel Vilas Boas fez durante o show da Mr. Jungle no I GSR, onde Manoel também catou a bandeira venezuelana durante sua apresentação. O Show da Nico chegou ao fim com um público que pirava a beira do palco e idolatrava Sandro Nine e seus companheiros. Cena inesquecível e de valor simbólico incalculável.


Os brasileiros tinham, aparentemente, se despedido das apresentações do evento, mas uma banda Venezuelana ainda teria de fazer seu show. Essa banda era exatamente a única remanescente do I Gran Sabana Rock e atendia pelo nome de ac3rtijo. É claro que essa Ac3rtijo não era idêntica a do último evento. Agora a banda apresentava cinco integrantes, e não mais três como no último show. Outra diferença era a ausência do brasileiro Will Ribeiro no baixo do grupo.

Israel Perera fazendo mais um show no Gran Sabana Rock
Bem mais seguros e entrosados que no show no VIII Roraima SESC Fest Rock a Ac3rtijo mostrou a evolução da nova formação com uma bela performance e execuções cada vez melhores das músicas que já são tocadas e conhecidas em solo brasileiro. O destaque ainda fica para 'Salvate' e a participação Especial de Sandro Nine em 'No me importa', garantindo a participação brasileira no último show do evento.


Israel, Carlos e Sandro, integração Brasil/Venezuela 
Já era madrugada e a fronteira estava fechada quando o evento acabou. Bandas e público estavam felizes e tinham em seus corações o sentimento do dever comprido. As bandas sabiam ter dado o melhor ao público que passou a noite na beira do palco as assistindo e o público sabia que havia retribuido, pulando, cantando, balançando cabeça, dando pulinhos reggairos.

Para os brasileiros era hora de juntar as latas de pirulim e escolher os representantes da próxima edição. Para os venecas era hora se prepararem para cumprir a promessa de uma terceira edição do GSR em novembro. Cada um foi para o seu lado, mas, como diria Sandro Nine, Canoa e Ac3rtijo Produções estavam juntos no ideal de integrar Brasil e Venezuela e fazer um III GSR ainda melhor que esta histórica II Edição.

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