A noite na Venezuela trouxe uma surpresa ao público do II Gran Sabana Rock. Esta vinha da Argentina e atendia pelo nome de Vola2. A banda Hippie Hermanita foi integrada ao line up do evento de última hora, mas isso não afetou a apresentação do grupo. Com canções próprias, versões e releituras, tanto em inglês quanto em espanhol, o quarteto deu um belo início ao evento, que depois passou a receber os grupos previamente escalados.
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Banda argentina Vola2, a atração surpresa do II Gran Sabana Rock |
O pop rock alternativo dos argentinos foi substituído pelo reggae da Ganyaclan no segundo show da noite. A banda, da qual Israel Perera, da Ac3rtijo, também faz parte, levou o público aos pulinhos reggaeiros e ao desejo de muitas energias positivas. A banda ainda fez uma homenagem ao Reggae do Brasil mandando uma versão Portunhoica de 'Vamos Fugir'.
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Reggae venezuelano com a banda Ganyaclan |
Depois do Reggae foi a vez da espera das bandas brasileiras chegar ao fim. A Johnny Manero subia ao palco do Parque Ferial para representar o RRRock no evento. A missão foi cumprida com muita animação e roquenrou. Com uma mescla de músicas antigas da Johnny, como FDM e a inseparável Johnny Manero, e versões cada vez mais maduras das nem tão velhas 11h59 e Louca de Pedra a Johnny mostrou suas músicas ao público com mesclas de sucessos do rock nacional, como 'Até Quando Esperar' da Plebe Rude.
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A banda mais Manera de Boa Vista fez um showzasso na Venezuela |
Cada vez mais afinados no palco os Maneros agitaram os venecas por meio de uma apresentação segura comandada por Yuri Lopes e agora reforçada pela segunda liderança no palco, a de Toyama Guevara, como guitarrista solo e, sempre que possível, também assumindo os vocais em momentos oportunos no show.
O sucesso Brazuca no evento que começou com a Johnny Manero teria um segundo ato aind mais animado. Depois da mulecada foi a vez dos Dinos subirem no palco e levarem os venezuelanos a loucura. Mostrando o entrosamento que já vem sendo cultivado desde 2005, Sandro Nine e seus Nicotines deram uma lição de como é ser Rock Star em solo venezuelano.
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Nicotines levou o público a loucura no II Gran Sabana Rock |
A Nico esbanjou energia do início ao fim do show. Sandro Nine, que segundo sua namorada Rejane, lembrava Bono Vox ao interagir com o público, era o capitão da barca pirata muito bem representada pelo estilo de Lauro, a piração de Márcio e a regularidade de Frank. Antes do final do show Sandro levou os venecas ao delírio final ao se abraçar com a bandeira da venezuela e gritar que naquela noite Santa Elena era a Cidade do Rock.
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Sandro 'Bono Vox' Nine encantou os venezuelanos com seu carisma |
Pra quem gosta de sequências foi uma homenagem e tanto aquilo que Manoel Vilas Boas fez durante o show da Mr. Jungle no I GSR, onde Manoel também catou a bandeira venezuelana durante sua apresentação. O Show da Nico chegou ao fim com um público que pirava a beira do palco e idolatrava Sandro Nine e seus companheiros. Cena inesquecível e de valor simbólico incalculável.
Os brasileiros tinham, aparentemente, se despedido das apresentações do evento, mas uma banda Venezuelana ainda teria de fazer seu show. Essa banda era exatamente a única remanescente do I Gran Sabana Rock e atendia pelo nome de ac3rtijo. É claro que essa Ac3rtijo não era idêntica a do último evento. Agora a banda apresentava cinco integrantes, e não mais três como no último show. Outra diferença era a ausência do brasileiro Will Ribeiro no baixo do grupo.
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Israel Perera fazendo mais um show no Gran Sabana Rock |
Bem mais seguros e entrosados que no show no VIII Roraima SESC Fest Rock a Ac3rtijo mostrou a evolução da nova formação com uma bela performance e execuções cada vez melhores das músicas que já são tocadas e conhecidas em solo brasileiro. O destaque ainda fica para 'Salvate' e a participação Especial de Sandro Nine em 'No me importa', garantindo a participação brasileira no último show do evento.
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Israel, Carlos e Sandro, integração Brasil/Venezuela |
Já era madrugada e a fronteira estava fechada quando o evento acabou. Bandas e público estavam felizes e tinham em seus corações o sentimento do dever comprido. As bandas sabiam ter dado o melhor ao público que passou a noite na beira do palco as assistindo e o público sabia que havia retribuido, pulando, cantando, balançando cabeça, dando pulinhos reggairos.
Para os brasileiros era hora de juntar as latas de pirulim e escolher os representantes da próxima edição. Para os venecas era hora se prepararem para cumprir a promessa de uma terceira edição do GSR em novembro. Cada um foi para o seu lado, mas, como diria Sandro Nine, Canoa e Ac3rtijo Produções estavam juntos no ideal de integrar Brasil e Venezuela e fazer um III GSR ainda melhor que esta histórica II Edição.
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